Capítulo 2: Na Puberdade e Sem Saída

Capítulo 2: Na Puberdade e Sem Saída
– Eric –
Talvez muitos dos que estão lendo este livro tenham se iden­tificado com alguma coisa do capítulo anterior – seja com “aquela palavra”, ou com “A conversa”, ou com Cindy McFarlane na cabeça, ou mesmo com o fato de que os únicos beijos que você já deu tenham sido na sua mãe, na sua avó e no seu travesseiro. Bom, pelo menos agora você sabe que existe mais alguém neste mundo que já passou pelos mesmos problemas! Se algum dia você precisar de um ombro amigo, não hesite em me ligar.
Ohhhh! Estou na puberdade! Nããooo! Isso não soa como um filme de ficção científica em que um horrível monstro gigante engole um pobre soldado espacial? Para alguns de nós, esse senti­mento pode soar bem familiar. Quando chegamos aos onze, doze ou treze anos. de repente, este monstrengo de cara espinhuda. cha­mado Puberdade. surge de debaixo de nossas camas, no meio da noite, e nos agarra. Uma vez que nos pega, não há escapatória!
Não sei se você já sentiu isso ao experimentar os efeitos “adoráveis” daquela palavra. Eu, com certeza, já senti. Cheguei a sentir, até mesmo, vergonha daquilo que estava acontecendo com o meu próprio corpo. Eu me sentia mal pelo que estava acontecendo no meu exterior, mas eram as transformações dentro de mim que faziam com que eu me sentisse miserável e confuso. Eu desejava compartilhar minha vida com Cindy McFarlane. Desejava uma companhia em minha vida. Queria amar alguém e ser correspondido. E aquele estranho desejo não desapareceu com o tempo. Pelo contrário, era um desejo que crescia.
Com o passar dos anos. continuou crescendo… e crescendo… e crescendo. Quando completei dezesseis anos. pensei seriamente que explodiria e que haveria um monte de pedacinhos de Eric Ludy espalhados por todas as paredes.
Eu tinha aquele desejo e queria que fosse realizado! Mas havia um enorme empecilho. Havia uma barreira gigante entre mim e meu apaixonado caso de amor com Cindy McFarlane – DEUS! Ali estava Ele. bem no meio do caminho! Eu costumava vê-Lo como o “Sem Graça”. Poderia ter feito o que fosse, mas o “Sem Graça” estava sempre ali para berrar um “É proibido!”
Você já pensou em Deus como um velho de cara fechada e cabelos grisalhos que fica no céu e cujas frases prediletas são: “Ah! Peguei você no pulo! Mais um movimento e você será exterminado com um raio de luz!”?
Por alguma razão, quando somos jovens, temos uma tendência de associar Deus com qualquer coisa que seja extremamente séria e com todas as coisas que sejam entediantes e previsíveis. Não há divertimento no Reino de Deus, Eric Ludy! Minha consciência me repreendia toda vez que eu participava da classe de Escola Dominical.
Comparo isso com o “princípio da nutrição”. Se eu pudesse mencionar todos os tipos de alimentos deliciosos, como bolo de chocolate, sorvete, sucrilhos açucarados, o que você logo me diria sobre os seus valores nutricionais? Sim. você acertou! Por serem saborosos, podemos automaticamente presumir que não fazem bem para o nosso corpo. E se eu tivesse mencionado alimentos mais leves e sem sabor como brócolis. couve-flor e broto de feijão? O que você diria sobre seus valores nutricionais0 É. você acertou novamente! Pelo fato de serem sem graça e sem gosto, podemos concluir seguramente que devem ser bons para a nossa saúde.
O “princípio da nutrição” indica que aquilo que é saboroso e agradável é prejudicial e o que é leve e sem graça é benéfico.
Durante os anos de puberdade, somos despertados pelo desejo de apreciar o sexo oposto. MAS. simplesmente, sentimos Deus falando ao nosso ouvido:
– Você já leu o livro de Levítico hoje?
Deus e a nossa sexualidade são como óleo e água – não se misturam. Por quê? Porque Deus é enfadonho e qualquer coisa associada à área de nossa sexualidade é estimulante.
Podemos imaginar Deus criando o ser humano. Podemos vê-Lo formando a cabeça, moldando os braços e pernas, pode­mos até mesmo imaginá-Lo cavando o umbigo. Mas nunca, NUN­CA conseguimos imaginá-Lo todo orgulhoso por ter sido o criador daquelas (hum…) partes que,. você sabe (cof, cof). ficam no meio do corpo. E como se imaginássemos isto: ao criar Adão, Deus se esqueceu das falhas e disse que ‘”tudo era bom”. Mas, ao perceber o erro, Ele simplesmente grudou uma folha de figueira “nas partes” para cobrir o defeito.
Que pensamento mais distorcido! Precisamos entender que a puberdade é. sem duvida nenhuma, obra de Deus! Ele é o criador da puberdade. Talvez eu deva dizer que Ele é o criador deste período de nossas vidas. Não consigo imaginar Deus usando aquela palavra para descrever qualquer coisa que seja! Entretanto, todas estas coisas estranhas que estão acontecendo em nosso corpo durante este período são resultado de Sua inteligência e engenhosidade. A coisa mais chocante é a novidade sobre aquele desejo interno crescente, pronto para entrar em erupção, de compartilhar nossas vidas com alguém do sexo oposto. Foi Deus quem colocou isso em nós! É proposital, e eu não estou brincando!
Deus não vê os nossos “anos de puberdade” como um período de constrangimento devido a nossa boca metálica. Sua visão é completamente diferente! Na realidade, se Deus tivesse um nome para esse período, certamente seria algo bonito e nobre. Vocês percebem. Deus quer que compreendamos tudo isso durante esse período de nossas vidas. Ele está nos moldando em homens e nos esculpindo. Moças, este e um período de suas vidas em que vocês estão sendo transformadas em princesas e em rosas perfumadas.
Isso não soa romântico? Assim como um fazendeiro planta na primavera para colher no outono. Deus planta sementes da masculinidade e feminilidade em nós (respectivamente) durante esse período para que, com o passar dos anos, possamos dar frutos de uma fase adulta madura.
♥ ♥ ♥
Se alguns de vocês estão se perguntando quando é que co­meçaremos a falar sobre romance, então, a hora chegou! Toda aquela conversa sobre aquela palavra aconteceu para compreen­dermos que o que tem acontecido dentro de nós, inclusive aquele desejo crescente por uma companhia que começa a agitar, a cutu­car e a bater com o passar dos anos, é uma obra milagrosa de Deus. Mas muitos de nós nunca percebemos que foi Deus quem colocou em nosso interior o desejo de amar e ser amado. Como resultado, não O buscamos para descobrir o que Ele deseja que façamos.
Acredite ou não, Deus tem uma maneira de lidar com esse desejo crescente. É uma maneira que talvez você nunca tenha ima­ginado antes – uma maneira que, ao contrário do “princípio da nu­trição”, está repleta de uma beleza surpreendente, alegria indescritível e incomparável romance. O inimigo tem trabalhado incansavelmen­te para nos desviar dessa maneira, porque ele sabe que o destino que Deus tem para as nossas vidas será desvendado para nós.
Você verá que essa maneira que eu e Leslie compartilhamos com você é surpreendentemente simples e profundamente desafiante. Você descobrirá porque o inimigo tem tentado nos confundir tanto para nos desviarmos do Romance à Maneira de Deus. A versão de Deus para o romance faz com que a versão do mundo pareça uma vela de jantar jogada no latão de lixo. O Romance à Maneira de Deus nos desafia e nos traz muito mais satisfação!
A maioria das pessoas pensa que a maneira de Deus encontrar um companheiro para nós seja a maneira do mundo mais uma lista inteira de “é proibido…” Mas a maneira de Deus é completamente diferente e excepcional em sua beleza e não pode ser comparada com a maneira do mundo.
Isso será muito mais do que uma jornada para descobrir uma maneira melhor de abordar o romance. Esperamos que seja um encontro com a pessoa de Deus! Sendo Deus o inventor do ro­mance, não podemos ignorá-Lo em nossa busca. Ele sabe melhor do que qualquer um de nós a razão pela qual Ele mesmo colocou esse ímã intrínseco dentro de nós que nos atrai ao sexo oposto.
Antes que você continue a leitura, eu o desafio a se pergun­tar: Estou disposto a ser transformado por Deus? Sabe, se você estiver disposto. Deus está pronto e desejoso para atuar. Permita que Ele corrija o seu conceito sobre a puberdade. Permita que Ele lhe mostre a Sua verdadeira natureza. E. acima de tudo, permita que Ele tenha o controle da sua vida e que o modele a Sua imagem.
A primeira e mais importante pergunta que devemos fazer é: Qual a diferença entre a maneira do mundo e a maneira de Deus?

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